(ANSA) - A Itália celebrou nesta terça-feira (27) os 43 anos do "Desastre de Ustica", que foi a queda de um avião da companhia aérea Itavia na região da Sicília que matou todas as 81 pessoas a bordo.
As homenagens se concentraram principalmente em Bolonha, cidade de onde a aeronave DC9 partiu no dia da tragédia no mar Tirreno. O avião tinha Palermo como destino final.
Matteo Lepore, prefeito de Bolonha, recebeu hoje os parentes das vítimas do acidente aéreo. O município também organizou apresentações teatrais e concertos de música clássica em homenagem aos mortos.
Em sua recordação sobre a tragédia, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que a queda do avião foi um dos episódios "mais dolorosos e sombrios da história recente" do país.
"Uma verdade completa nunca foi plenamente alcançada e isso ainda representa uma ferida para os cidadãos. Os resultados obtidos nos encorajam a não desistir de buscar as peças que faltam", afirmou o mandatário.
O governador da região da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini, declarou que a "dor dos familiares não se esvai", além de pedir uma "última verdade" sobre os "perpetradores e responsáveis materiais" do acidente.
Em 2013, a Corte de Cassação da Itália considerou "consagrada" a tese de que um míssil foi o responsável pela queda da aeronave, quando ela sobrevoava a cidade de Ustica.
Já no ano de 2007, o ex-presidente italiano Francesco Cossiga chegou a afirmar que o DC9 tinha sido alvo de foguetes internacionais que tentavam atingir um avião do então ditador da Líbia, Muammar Kadafi.
No entanto, ainda hoje não se sabe a exata origem do suposto míssil. (ANSA).