Política

Senado da Itália barra processo contra Salvini por difamação

Ministro era alvo da Justiça por ofensas contra ativista alemã

Matteo Salvini era acusado de difamação contra ativista humanitária

Redazione Ansa

(ANSA) - O plenário do Senado da Itália rejeitou nesta quarta-feira (28) um pedido de autorização para processar o ministro da Infraestrutura e vice-premiê Matteo Salvini, do partido de direita Liga, por difamação contra a ex-capitã de um navio humanitário.

Com placar de 82 votos a 60, além de cinco abstenções, os parlamentares decidiram que Salvini, que também é senador, não pode ser processado por ter chamado a alemã Carola Rackete, ex-comandante do navio de resgate Sea Watch 3, de termos como "fora da lei, potencial assassina, criminosa, delinquente e pirata".

A decisão acolhe um parecer de uma comissão do Senado que afirma que as palavras do ministro estão cobertas pela imunidade parlamentar. "O que dizer? Já era algo esperado. É a imunidade para o insulto", criticou o advogado de Rackete, Alessandro Gamberini.

Os ataques de Salvini, então ministro do Interior, se deram por conta de um episódio ocorrido em junho de 2019, quando Rackete forçou a entrada do Sea Watch 3 no porto de Lampedusa com dezenas de migrantes resgatados no Mediterrâneo, contrariando uma proibição do governo italiano.

Ao entrar no porto, o navio humanitário colidiu com um barco da Guarda de Finanças, o que irritou Salvini, que promovia na época um endurecimento das normas migratórias na Itália. (ANSA)

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