(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta quarta-feira (5) com o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, em meio às críticas de Varsóvia a um plano migratório na União Europeia apoiado por Roma.
Em coletiva de imprensa conjunta, Meloni, que sempre mostrou alinhamento com Morawiecki, disse que nunca reclamaria "de quem defende os interesses nacionais".
"Estou admirada por como Morawiecki demonstra força ao defender o interesse da Polônia, mas não existe divisão porque trabalhamos para frear a migração ilegal, e não para administrá-la", declarou a premiê.
Na semana passada, Hungria e Polônia se opuseram a uma reforma nas regras migratórias da União Europeia que prevê a participação de todos os Estados-membros no sistema de acolhimento aos milhares de solicitantes de refúgio que chegam à costa da Itália e da Grécia.
O acordo, aprovado sem unanimidade, algo incomum na UE, prevê que os países que se recusarem a receber os solicitantes de refúgio que desembarcam no sul do bloco paguem 20 mil euros por pessoa para um fundo administrado por Bruxelas.
"A Polônia disse nem mais, nem menos, que queremos ser donos de nosso Estado. A soberania polonesa não pode ser atacada por instituições supranacionais, como a Comissão Europeia. Aquilo que une Polônia e Itália é a melhor receita para combater a imigração ilegal, que é tornar as fronteiras externas impermeáveis", justificou Morawiecki.
O premiê ainda prometeu convocar um referendo para decidir quem "manda" na questão da imigração, se a UE ou um "país soberano". "Tenho respeito pela hipótese de questionar os próprios cidadãos sobre um tema sensível para a segurança da própria nação", defendeu Meloni. (ANSA)
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