(ANSA) - O testamento de Silvio Berlusconi foi aberto para a família nesta quarta-feira (5), 23 dias após a morte do premiê mais longevo da história da Itália.
O documento, cujo teor não foi revelado, contém os últimos desejos do ex-primeiro-ministro e a divisão entre os filhos de seu império econômico, que inclui o conglomerado de mídia Mediaset, o grupo editorial Mondadori e o Banco Mediolanum, além do clube de futebol Monza.
As empresas de Berlusconi ficam sob o guarda-chuva da holding Fininvest, presidida atualmente pela primogênita do ex-premiê, Marina Berlusconi.
Seu irmão Pier Silvio Berlusconi, CEO da Mediaset, não comentou a abertura do testamento, mas garantiu nesta quarta-feira que "não há nenhuma hipótese" de vender o grupo de mídia. "Sequer falamos sobre isso na família", disse o executivo ao comentar a alta nas ações da empresa após a morte de Berlusconi.
"Sinto orgulho quando empresas italianas estudam uma expansão internacional, e não quando pedaços da Itália são conquistados por um grupo estrangeiro", acrescentou.
Pier Silvio também assegurou que não tem intenção de entrar na política, ao menos por enquanto. "A política é uma ocupação séria e que não pode ser aprendida de um dia para o outro", disse. Ainda assim, ele admitiu que "algo se moveu" após a morte do pai.
"Pensei que sua relação com os italianos e com a Itália, feita de amor e liberdade, é algo que deve viver", acrescentou. Pier Silvio também desmentiu os rumores de que a família quer transformar a mansão de Arcore em um museu sobre o ex-premiê. "É uma hipótese completamente inventada", declarou.
Silvio Berlusconi morreu em 12 de junho, aos 86 anos, vítima de complicações de uma leucemia crônica. (ANSA)
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