(ANSA) - A ministra do Turismo da Itália, Daniela Santanchè, é investigada desde 5 de outubro em um inquérito aberto em Milão visando suas atividades empresariais.
O inquérito foi revelado um dia depois de ela ter afirmado que não era investigada, durante uma audiência no Senado em que foi convocada a prestar esclarecimentos.
Além dela, também são investigadas outras cinco pessoas que integraram o quadro societário de uma empresa fundada pela ministra, incluindo o companheiro dela, Dimitri Kuntz, que foi presidente da companhia; e a irmã dela, Fiorella Garnero, que foi conselheira.
O caso veio à tona em uma reportagem da TV pública Rai, que informou que empresas ligadas à família da política deram calote em credores e cometeram irregularidades em demissões de funcionários.
A investigação oficial se refere especificamente à empresa editorial Visibilia e apura um pedido de falência e fraude contábil. Segundo fontes judiciais italianas, foi decretado segredo de justiça sobre o nome da ministra em 6 de outubro, mas a confidencialidade valeria por apenas três meses.
No pronunciamento no Senado na quarta-feira (5), antes da revelação pública da investigação, Santanchè disse que foi vítima de uma "campanha de ódio".
"Estou aqui para defender minha honra e a do meu filho", disse a política, que integra o partido Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni.
Os negócios da comandante da pasta do Turismo também são acusados de receber ajuda imprópria durante a pandemia de Covid-19, mas ela afirmou que nunca se apropriou de nada. "Desafio qualquer um a provar o contrário", disse. (ANSA).