Política

Trabalhadores de trens e aviões marcam greves na Itália

Paralisações acontecem em pleno verão, período de maior demanda

Redazione Ansa

(ANSA) - Sindicatos que representam os trabalhadores ferroviários da Itália decidiram entrar em greve a partir desta quinta-feira (13).

O vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes italiano, Matteo Salvini, organizou uma mesa de negociação com representantes de funcionários das empresas Trenitalia e Italo, mas os envolvidos não chegaram a um acordo.

Os trabalhadores decidiram cruzar os braços das 3 horas da manhã de quinta às 2 da manhã de sexta-feira (14), justificando que as companhias ferroviárias não aceitam negociar questões como relações sindicais, horários de expediente, investimentos e renovação de contratos.

Também há a expectativa de uma greve do setor de aviação a partir de sexta-feira.

O presidente da entidade de defesa do consumidor da Itália (Codacons), Carlo Rienzi, chamou a atenção para o fato de a greve ter sido convocada no verão, em plena alta temporada.

"É quando aumentam as partidas dos italianos. É uma verdadeira violência contra os cidadãos, injustamente feitos reféns por reinvindicações sindicais que, embora corretas na motivação, levam a danos morais e materiais imensos aos usuários", afirmou.

Ele adicionou que a autarquia que garante a legalidade das greves na Itália também deveria intervir: "Assim como os prefeitos de toda a Itália. Todos precisam vetar greves no período de partidas de verão, notificar todos os trabalhadores e garantir que quem comprou passagens para trens e aviões e quem comprou pacotes que incluam deslocamento possa usufruir dos serviços sem o risco de perder dinheiro e dias de férias".

Já o presidente da União Nacional dos Consumidores (UNC), Massimiliano Dona, disse que a tentativa de negociação foi tardia: "Por sorte, a regulamentação do setor aéreo proíbe greves entre 27 de julho e 5 de setembro, então as viagens de agosto estão garantidas".

O secretário-geral da Confederação Italiana dos Sindicatos de Trabalhadores (Cisl), Luigi Sbarra, afirmou que durante a reunião com o governo não havia margem para revogar a greve.

"Em todo caso, serão assegurados os trens de longo trajeto, assim como os serviços ferroviários regionais em algumas faixas de horário: das 6h às 9h e das 18h às 21h", ressalvou. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it