Política

'Nós derrotamos o bolsonarismo', diz Barroso em evento

Magistrado também foi alvo de protesto de um grupo de estudantes

Luís Roberto Barroso foi alvo de protesto durante evento da UNE [Foto: Fátima Meira/Futura Press]

Redazione Ansa

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou na última quarta-feira (12) que “nós derrotamos o bolsonarismo”.

O comentário de Barroso aconteceu durante seu discurso no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília, após um grupo protestar contra a presença do ministro.

“Estamos criando um futuro novo e enfrentando a desigualdade racial de modo que saio daqui com a energia renovada pela concordância e discordância, pois essa é a democracia que conquistamos. Derrotamos a censura, a tortura, o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre das pessoas”, discursou o magistrado.

Em sua fala, Barroso também fez críticas à ditadura e defendeu o diálogo. “Quem tem argumento, quem tem razão, quem tem a história do seu lado, coloca argumentos na mesa, não xinga e não grita, esse é um passado recente do qual estamos tentando nos livrar”, destacou.

Alguns parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF), afirmaram que entrarão com um pedido de impeachment contra o ministro.

“A oposição entrará com processo de impeachment contra Barroso por cometer crime de ‘exercer atividade político-partidária’. Se, por um milagre, houver justiça nesse país, a perda do cargo é inegável”, escreveu Ferreira.

O senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro, criticou Barroso. "No momento em que um magistrado da suprema corte coloca publicamente sua posição contrária à direita, fica claro que suas decisões serão sempre tendenciosas", escreveu Mourão nas redes sociais.

O STF, por sua vez, informou que os comentários feitos pelo magistrado “se referiam ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”

"Os ministros Barroso e Dino e o deputado Silva estiveram juntos para uma breve intervenção sobre autoritarismo e discursos de ódio. Todos eles participaram do movimento estudantil na sua juventude. Apesar do divulgado, os três foram muito aplaudidos. As vaias fazem parte da democracia", pontuou a nota.

 

Leggi l'articolo completo su ANSA.it