(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou a postura da União Europeia de estimular a indústria de matérias-primas críticas nos países da América Latina, em declarações feitas nesta terça-feira (18) em Bruxelas, na Bélgica, à margem da cúpula UE-Celac. Por outro lado, voltou a acusar as nações ricas pela demora em liberar recursos contra a crise climática.
"Na União Europeia agora, o discurso da moda é o seguinte: 'Os países que possuem materiais críticos ou minérios, como urânio, lítio, bauxita, esses países não podem exportar minério, eles precisam fazer a transformação no seu país para poder ter indústria e gerar empregos'", declarou Lula em sua live semanal.
Segundo ele, o discurso do Brasil para a UE será de pedir financiamentos para a construção das fábricas de transformação de que o país necessita.
"Achei uma evolução no discurso, é um discurso novo na União Europeia e que o mundo deve aproveitar para que os países que têm minérios possam se desenvolver", acrescentou.
O presidente ressaltou também a oportunidade que o Brasil tem de conquistar investimentos em "transição energética, energia eólica, energia solar, biomassa, etanol, biodiesel e agora hidrogênio verde". "A chance do Brasil é extraordinária", garantiu.
O mandatário, que tem o comando pro tempore do Mercosul até o fim do ano, manifestou recentemente a intenção de concluir o acordo com a UE ainda em 2023. No entanto, um dos entraves é a agenda ambiental, especialmente as novas exigências de Bruxelas sobre o desmatamento, enquanto Lula reclama da demora do mundo desenvolvido para liberar recursos contra a crise climática.
"Ainda tem muita coisa da boca para fora. Os países ricos prometeram US$ 100 bilhões por ano para ajudar a cuidar do planeta. Até agora não deram, e me parece que não querem dar. É melhor dizer a verdade do que ficar alimentando ilusões nos países pobres", ressaltou o petista. (ANSA)
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