Política

Líderes de esquerda assinam manifesto em apoio a premiê espanhol

As eleições nacionais do país estão marcadas para domingo

Eleições vão definir continuidade do governo Pedro Sánchez

Redazione Ansa

(ANSA) - Um manifesto de líderes da esquerda mundial em apoio ao primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, foi divulgado nesta quinta-feira (20), três dias antes das eleições nacionais, pelo Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), sigla do premiê.

O texto afirma que as alianças feitas pelas legendas de direita Partido Popular (PP) e Vox devem levantar preocupações especialmente para "os trabalhadores, para a igualdade entre mulheres e homens, direitos LGBT, a infância, a transição ecológica, a educação, a saúde pública universal de qualidade, a sustentabilidade previdenciária e o trabalho digno".

O pleito foi antecipado quando, no fim de maio, Sánchez dissolveu o Parlamento em razão de grandes derrotas de sua coalizão de esquerda para os conservadores em eleições regionais.

O manifesto de apoio é assinado por Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil; Elly Schlein, secretária do Partido Democrático (PD) da Itália; Alberto Fernández, presidente da Argentina; António Costa, primeiro-ministro de Portugal; Olaf Scholz, chanceler da Alemanha; Mette Frederiksen, primeira-ministra da Dinamarca; Robert Abela, primeiro-ministro de Malta; e líderes de forças progressistas de Alemanha, Reino Unido, Áustria, Holanda, Bélgica e Suíça.

"O governo de Pedro Sánchez demonstrou que é possível promover o crescimento econômico e a criação de postos de trabalho sem enfraquecer o bem-estar social ou sacrificar os direitos da classe operária e a proteção do meio ambiente", acrescenta o manifesto.

O texto afirma ainda que nas eleições estão em jogo questões tão importantes no cenário internacional que o momento requer "uma ação urgente, como a luta contra as mudanças climáticas, a defesa dos direitos e liberdades civis, a luta contra a pobreza e o avanço do feminismo".

"PP e Vox são forças políticas que não só não trabalham em favor desses programas, mas desejam também revertê-los", conclui o documento.

Além do sucesso das forças conservadoras nas eleições regionais, outro fator de preocupação para o premiê é o momento em que as eleições acontecem, em meio ao verão europeu, já que as altas temperaturas e as viagens de férias devem reduzir o comparecimento dos eleitores espanhóis às urnas. (ANSA).
   

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