(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, demonstrou estar satisfeita com os resultados da viagem aos Estados Unidos e disse acreditar ter passado a imagem de um governo sério, confiável e determinado sobre os temas de interesse nacional, sem esquecer as outras nações.
Em entrevista à emissora italiana Sky TG24 ao fim da visita, a premiê disse que "desmontou a narrativa sobre ela".
"Eu fui antecipada por uma propaganda falsa, que dizia que um governo de centro-direita guiado por Meloni seria um desastre em termos de relações internacionais, de economia italiana, de instituições e da nação. Mas os fatos contam mais do que isso", afirmou.
Sobre a reunião com o presidente americano, Joe Biden, na quinta-feira (27), ela destacou a discussão sobre a situação no norte da África e a crise migratória: "Os papel que os Estados Unidos pensam para a Itália no Mediterrâneo é o mesmo que eu penso. A Itália é a principal vizinha desse continente, temos uma capacidade maior de dialogar com eles", disse.
Após ter sido chamada de "amiga" por Biden, embora tenha apoiado Donald Trump nas últimas eleições, Meloni naturalizou o movimento: "A política externa é lida de forma muito superficial. Alguém acredita que quando se guia uma nação é possível falar só com os próprios homólogos que têm as mesmas ideias? Seria devastador. A política é diferente do Estado".
Questionada sobre o impacto nas relações com a China da mensagem de que a Itália é parceira dos Estados Unidos, Meloni respondeu quer se encontrar com lideranças chinesas e que o país tem as duas parcerias: "É importante falar com ambos. O mercado não pode ser livre se não for igualitário. O debate deve ser feito junto à China, não contra a China".
Na sexta-feira (28), a premiê também se reuniu com o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger.
"Foi um grande prazer. Falamos sobre temas que vão da inteligência artificial à China. Foi uma ajuda para as futuras decisões que deverão ser tomadas", relatou a primeira-ministra sobre a reunião de duas horas com o ex-diplomata de 100 anos de idade.
Ela também informou que conversou brevemente com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, sobre a presidência italiana do G7 em 2024 e a Tunísia. (ANSA).