(ANSA) - O acordo comercial entre União Europeia e Mercosul pode não ser assinado neste ano devido ao rechaço brasileiro a novas exigências de monitoramento da Amazônia e à incerteza causada pela vitória do candidato de extrema direita Javier Milei nas primárias argentinas.
Fontes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consideram que "não há possibilidade de aceitar" o pedido da UE para que os dados do desmatamento não sejam gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicou o jornal O Globo nesta terça-feira (15).
Essa "pedra" colocada pela UE, segundo as fontes, pode ser um novo obstáculo para a assinatura do acordo em 2023, prometida por Lula, que ocupa a presidência temporária do Mercosul até dezembro.
Outro fator que deve afetar as negociações entre os blocos é a "extrema incerteza política argentina" devido à vitória de Milei nas primárias do último domingo, conforme relatou o jornal O Globo.
Uma eventual eleição do candidato de extrema direita pode afetar as relações diplomáticas e o cenário regional e é observada com atenção pelo Palácio do Planalto, segundo o jornal Valor Econômico.
O diplomata Rubens Barbosa afirmou nesta terça-feira que ainda é "cedo" para afirmar se Milei será eleito, mas, se a direita sair vitoriosa, o presidente Lula deveria ter relações "normais" com o futuro governo argentino, apesar das divergências ideológicas.
Isso seria o melhor para o "interesse nacional" do Brasil, disse Barbosa, ex-embaixador nos Estados Unidos e no Reino Unido. (ANSA)
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