Política

Lula lamenta mortes no Havaí e discute crise climática com Biden

Petista reiterou convite para líder dos EUA visitar Brasil

Lula e Biden durante encontro em Washington

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, nesta quarta-feira (16), com seu homólogo norte-americano, Joe Biden, e lamentou as mortes dos incêndios no Havaí, o pior da história dos Estados Unidos, além de discutir as mudanças climáticas.

Em comunicado oficial, o governo brasileiro relata que o telefonema durou cerca de 30 minutos e serviu para o petista ressaltar "a importância de avançar seriamente" no debate sobre o meio ambiente.

Lula "detalhou as discussões e o alcance da Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, na última semana, antecedida pelos Diálogos Amazônicos, com a participação de quase 30 mil pessoas", acrescenta a nota.

Segundo o Palácio do Planalto, o líder brasileiro "manifestou sua intenção de transformar o Brasil em um exemplo para o mundo nos temas da preservação ambiental e da transição energética", citando o recente lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o foco que o programa mantém em investimentos nessas áreas.

Ao todo, estão previstos R$ 41,5 bilhões em investimentos em energia solar, R$ 22 bilhões em eólica e R$ 1,5 bilhão em hidrelétricas, mas o programa também destina R$ 6,7 bilhões para usinas térmicas a gás, altamente poluentes.

Durante a ligação, Lula ainda mencionou políticas de financiamento e investimentos para recuperação e reflorestamento de terras degradadas.

Biden, por sua vez, concordou "em 100%" com as preocupações reveladas por Lula, reconheceu as responsabilidades dos países desenvolvidos e a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento a lidar com os efeitos da crise climática.

Além disso, o democrata "recordou a contribuição de US$ 500 milhões dos Estados Unidos ao Fundo Amazônia e destacou a importância da construção de uma parceria forte, em vista do protagonismo brasileiro".

Na sequência, os dois líderes trataram da iniciativa conjunta para o avanço do trabalho decente na economia do século XXI, a ser proposto por EUA e Brasil, com a participação de representantes dos movimentos sindicais e da OIT, por ocasião da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas.

Lula e Biden conversaram sobre as próximas reuniões entre ambos em setembro, na cúpula do G20 e nas Nações Unidas. E, por fim, o petista reiterou seu convite ao presidente dos EUA para visitar o Brasil ano que vem, o que poderia ocorrer em um estado da região amazônica. (ANSA).
   

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