Política

Vice-premiê quer normas severas contra feminicídio na Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, anunciou nesta quarta-feira (16) que apresentará um novo projeto de lei com medidas mais severas para combater o feminicídio no país.

A declaração foi dada pelo chanceler italiano à margem de uma reunião na Versiliana, em Marina di Pietrasanta.

"Basta de feminicídios. As regras em vigor não bastam. O Força Itália lutou contra o crime de perseguição, para ter o número especial para mulheres que pedem ajuda. Agora, eu acho que é preciso mudar o código: para espancamentos e ameaças agravadas deve haver a possibilidade de afastar a pessoa que ameaça", declarou ele.

O secretário do partido conservador Força Itália (FI) explicou que, para isso, vai apresentar em breve um projeto de lei sobre o assunto, o qual espera que seja compartilhado por todas as forças políticas da maioria e da oposição.

Além disso, Tajani planeja discutir o tema durante o Conselho de Ministros do governo da premiê Giorgia Meloni. "O último caso de Celine em Bolzano demonstra que até mesmo as forças de ordem estão de mãos atadas diante de certas denúncias, porque o código não prevê intervenções adequadas", concluiu.

Dados do Ministério do Interior mostram que de 1º de janeiro a 28 de maio de 2023 foram registrados 129 homicídios na Itália, sendo 45 vítimas do sexo feminino. Destas, 37 foram mortas no círculo familiar.

De fato, em relação ao mesmo período de 2022, o número de homicídios cometidos por um companheiro ou ex-parceiro aumentou, passando de 22 para 23 (+5%). Inclusive, os crimes são cada vez mais praticados por jovens do sexo masculino. (ANSA).
   

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