Política

Cid confessará que Bolsonaro mandou vender joias, diz advogado

Redazione Ansa

(ANSA) - BRASILIA, 18 AGO - O ex-ajudante de ordens Mauro Cid decidiu confessar que vendeu ilegalmente as joias da Presidência a mando do ex-presidente Jair Bolsonaro, informou o advogado do tenente-coronel, Cezar Bittencourt.
    A informação foi publicada inicialmente pela revista Veja na última quinta-feira (17) e confirmada pelo "Jornal Nacional" da TV Globo.
    Cid viajou aos Estados Unidos para vender um rolex e joias que haviam sido recebidas pelo então presidente Bolsonaro como presentes de outros líderes estrangeiros.
    "O tenente-coronel decidiu confessar o ocorrido à Polícia Federal (PF)", afirmou Bittencourt à TV Globo.
    Cid "vendeu joias ilegalmente cumprindo ordens diretas de Bolsonaro e entregou ao ex-mandatário o dinheiro obtido com a negociação dos presentes", acrescentou ele.
    Bittencourt acabou de assumir a defesa de Cid, que já foi representado por outros dois advogados."Resolva esse negócio e venda as joias", teria dito Bolsonaro a seu auxiliar Cid, de acordo com a versão dos fatos dada pelo advogado.
    No seu próximo depoimento à PF, o ex-ajudante Cid fará uma "confissão, não uma delação".
    Por sua vez, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que seu pai "está tranquilo", porque "não fez nada errado".
    Cid está preso desde 3 de maio em uma unidade militar de Brasília por suspeita de adulterar o cartão de vacinação contra o coronavírus de Bolsonaro. Ele também é investigado em uma causa sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
    De acordo com Bittencourt, o ex-ajudante também deve confessar a falsificação do certificado de vacinação feita em dezembro, poucos dias antes da viagem de Bolsonaro à Flórida, onde permaneceu até o final de março. (ANSA).
    Leggi l'articolo completo su ANSA.it