Política

Luisa González e Daniel Noboa disputarão 2º turno no Equador

Pupila de Rafael Correa enfrentará filho de magnata

Luisa González é pupila do ex-presidente Rafael Correa

Redazione Ansa

(ANSA) - A esquerdista Luisa González e o liberal Daniel Noboa disputarão o segundo turno das eleições presidenciais no Equador, realizadas no último domingo (20), ainda sob a comoção gerada pelo assassinato do postulante Fernando Villavicencio.

Com pouco mais de 85% das urnas apuradas, González, pupila do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), tem 33,3% dos votos, contra 23,7% de Noboa.

Em seguida aparecem Christian Zurita, substituto de Villavicencio, com 16,5%, e o empresário Jan Topic, com 14,7%.

González tem 45 anos, foi secretária de Administração Pública no governo Correa e ocupou um assento na Assembleia Nacional entre maio de 2021 e maio de 2023.

Ela é advogada, animalista e contrária ao aborto mesmo em casos de estupro. Além disso, já se mostrou decidida a incluir Correa no governo, apesar de o ex-presidente viver asilado na Bélgica devido a acusações de corrupção.

Já Noboa, seu adversário no segundo turno de 15 de outubro, tem 35 anos e é filho de um dos homens mais ricos do Equador, o ex-presidenciável Álvaro Noboa. O candidato também foi deputado entre 2021 e 2023.

A votação ocorreu de forma tranquila, embora sob clima de tensão por causa do recente assassinato de Villavicencio, crime supostamente cometido por narcotraficantes.

Apesar do homicídio de um candidato na reta final da campanha, a participação do eleitorado superou os 82%, resultado considerado "histórico" pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint.

Por outro lado, hackers tentaram sabotar a plataforma utilizada para o voto dos equatorianos no exterior em países como Índia, Bangladesh, Paquistão, Rússia, Ucrânia, Indonésia, China, Espanha e Itália, mas sem sucesso, segundo o CNE.

Petróleo na Amazônia - Também no domingo, a maioria dos eleitores equatorianos votou contra a exploração de petróleo no Parque Nacional Yasuní, que fica dentro da Amazônia.

Com 70% das urnas apuradas, o placar está em 59% a 41% a favor da proibição. A exploração de hidrocarbonetos nessa reserva natural havia sido iniciada em 2016, no governo Correa. (ANSA)

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