Política

Ministro italiano diz ter sido ameaçado de morte pela máfia

Roberto Calderoli recebeu apoio de colegas e opositores

Roberto Calderoli divulgou foto da carta com ameaças

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro dos Assuntos Regionais e Autonomias da Itália, Roberto Calderoli, declarou nesta segunda-feira (28) que recebeu ameaças de morte creditadas à máfia.

"Nesses últimos dias de agosto recebi uma carta em que me dizem textualmente: 'se não parar com a política de genocídio contra o sul, vamos usar nosso poder de fogo e te matar. Somos a máfia, não custa nada matar vocês'", relatou o ministro.

"Não tenho medo de ameaças, não me assusto e sigo em frente enquanto não tiver realizado a autonomia regional. E depois vou viver a vida de aposentado com o meu trator", escreveu Calderoli nas redes sociais.

A divulgação da informação levou a uma onda de mensagens de solidariedade e apoio de outros políticos ao ministro.

A primeira-ministra, Giorgia Meloni, disse nas redes sociais: “Desejo expressar toda a minha solidariedade e a do governo ao ministro pelas ameaças recebidas. Um gesto ignóbil que devemos condenar com absoluta firmeza. Em frente, juntos”.

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, disse: "Expresso minha solidariedade e de toda a Força Itália ao ministro Calderoli pelas ameaças recebidas. Sei bem que não se deixará intimidar e que o sul da Itália não precisa da criminalidade para tutelar seus interesses. Sempre contra as máfias!".

O também vice-premiê e ministro da Infraestrutura e Transportes, Matteo Salvini, declarou: "Mando um abraço sincero e expresso toda a minha solidariedade a Roberto Calderoli, alvo de ameaças indignas e vergonhosas".

"A Liga [Norte] vai em frente com a cabeça erguida e levará ao cabo todas as reformas que os eleitores nos confiaram, incluindo a autonomia, que levará a menos desperdícios e mais eficiência, tornando o país mais forte, sobretudo o Sul", escreveu.

Mesmo a oposição se manifestou em apoio: "O confronto político, mesmo o mais áspero, não deve jamais transcender em linguagem ou comportamentos violentos. Por isso consideramos inaceitáveis as ameaças recebidas a Calderoli, a quem enviamos toda a solidariedade", disseram em nota os senadores do Partido Democrático (PD). (ANSA).
   

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