(ANSA) - Após 10 dias, a premiê da Itália, Giorgia Meloni, saiu em defesa de seu companheiro, o jornalista Andrea Giambruno, que se tornou alvo de críticas no país após dizer que as mulheres não deveriam se embriagar para evitar estupros.
A declaração foi pronunciada por Giambruno no fim de agosto, em um programa da emissora privada Rete 4, em meio à comoção na Itália por conta de dois casos de violência sexual em grupo, um contra uma jovem de 19 anos e outro contra primas de 10 e 12.
"Acho que Giambruno disse de modo apressado e assertivo uma coisa diferente daquilo que foi interpretado por muitos", afirmou Meloni em uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (7).
Em seu programa de TV, o companheiro da premiê disse que uma mulher que "evitar ficar bêbada e perder os sentidos talvez não caia em determinadas problemáticas, porque depois o lobo sempre aparece". Além disso, acrescentou que é essencial "não perder a consciência e permanecer capaz de entender e querer".
As declarações foram interpretadas por políticos de oposição e associações contra a violência de gênero como uma culpabilização das vítimas de estupro.
Meloni, no entanto, expressou opinião diversa. "É uma coisa similar àquilo que minha mãe me dizia quando eu era jovem e saía de casa: 'olhos abertos e cabeça erguida'. Ou seja, infelizmente os estupradores existem, e não podemos abaixar a guarda", declarou.
Segundo a premiê, trata-se de "não se colocar na condição de permitir que esses animais façam o que eles gostariam de fazer".
"É um conselho que muitos pais dariam aos próprios filhos", destacou Meloni, ressaltando que "não existe justificativa para estuprar uma garota".
Durante a coletiva, a premiê também pediu para os repórteres não fazerem mais perguntas sobre os posicionamentos de seu companheiro. "Um jornalista não diz na televisão aquilo que a esposa pensa. Eu não posso ser chamada em causa por aquilo que um jornalista diz no exercício de sua livre profissão", declarou. (ANSA)
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