Política

Lula afirma que deseja organizar um G20 'popular'

Presidente disse que Brasil sediará o evento com 'tranquilidade'

Em Nova Délhi, o país recebeu simbolicamente a presidência do G20

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comentou nesta segunda-feira (11) que tentará organizar um "G20 popular", além de afirmar que o Brasil tem condições de sediar o evento com "muita tranquilidade".

O país recebeu simbolicamente a presidência do G20 durante o encerramento da cúpula realizada em Nova Délhi, na Índia. O Brasil assumirá a função a partir de 1º de dezembro e será responsável por sediar a edição de 2024 do encontro.

"O Brasil vai estar alegre e tratará todo mundo muito bem. Vai ser o primeiro em que as mulheres estão empoderadas em igualdade para participar do grupo. Vamos fazer muitos debates, possivelmente mais do que tem acontecido aqui na Índia. Queremos utilizar várias cidades para que façamos o maior número de eventos possíveis", disse o petista em uma coletiva de imprensa.

"Vamos tentar fazer o G20 popular. Ou seja, a sociedade se manifestar e participar para que a gente possa, nas conclusões, mostrar um pouco do retrato de um G20 mais participativo e democrático", acrescentou.

O mandatário ainda comentou que organizar um evento dessa magnitude é "muita responsabilidade", mas lembrou que o país "colocará a questão da desigualdade como principal discussão".

"É preciso, de uma vez por todas, que a gente tente levar em conta e criar uma certa indignação nos dirigentes com relação à desigualdade. Nós temos poucos com muito e muitos com muito pouco. É preciso que haja uma compreensão de que o mundo precisa ser mais equilibrado na distribuição da riqueza produzida para que a gente não tenha que dormir, todo dia, sabendo que tem 750 milhões de pessoas passando fome", declarou.

Outro tópico que será bastante discutido no próximo G20, de acordo com Lula, será a questão da transição energética, pois o Brasil "tem muito a ensinar aos outros países" sobre combustíveis e energia limpa. O presidente também mencionou que a "reforma das instituições multilaterais" também terá destaque.

Por fim, o petista declarou que pretender discutir sobre os membros permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é "colocar uma geografia de 2024". (ANSA).
   

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