(ANSA) - As forças de segurança do Irã abriram fogo contra manifestantes em Teerã, na ocasião do primeiro aniversário da morte de Mahsa Amini, a jovem que perdeu a vida após ter sido presa por não usar corretamente o véu islâmico.
Vídeos da reação à manifestação foram publicados nas redes sociais.
Alguns manifestantes foram presos na capital iraniana, e os agentes impediram o acesso aos cemitérios onde foram enterrados outros manifestantes mortos em confronto em 2022.
Amjad Amini, pai de Mahsa, foi preso quando saía de casa, em Saqqez, segundo informações da ONG Hengaw e dissidentes iranianos.
Nos últimos dias, ele estava sob vigilância e foi solicitado pelo regime a não participar de eventos pelo aniversário da morte da filha.
Após momentos em custódia, ele foi colocado em prisão domiciliar junto com os demais parentes, segundo ativistas informaram nas mídias sociais.
Na Itália, algumas centenas de pessoas se manifestaram por ocasião da data, em Bolonha.
Entre os presentes, estiveram a secretária do Partido Democrático (PD) e líder de oposição, Elly Schlein, o prefeito, Matteo Lepore, e o ator Alessandro Bergonzoni.
"Hoje estamos com o movimento 'Mulher, vida, liberdade' para lembrar dela e as centenas de pessoas mortas, torturadas, encarceradas pela cruel repressão das manifestações no Irã", disse Schlein nas redes sociais.
Em Roma, manifestantes também foram à Piazza Esquilino. “Relembramos Mahsa e seu exemplo, um ano após sua morte. Apoiamos as mulheres iranianas e todas as mulheres que, em qualquer parte do muito, ainda lutam por sua liberdade e direitos”, disse Svetlana Celli, presidente da Assembleia Capitolina.
“Mahsa Amini pagou com a vida por um gesto que nos parece básico, ter uma mecha de cabelos fora do véu, mas que em um regime como o iraniano é um ato contra a lei. É um símbolo, um farol para nos guiarmos. Teve coragem e indicou o caminho a seguir”, acrescentou.
Já em Milão, a foto da jovem foi colocada na fachada do Palazzo Marino, sede da prefeitura, para mostrar a proximidade da administração municipal com as mulheres italianas que vivem em situação de contínua violação de direitos.
(ANSA).