(ANSA) - O presidente italiano, Sergio Mattarella, falou neste domingo (8) sobre os diversos casos de mortes no trabalho, uma situação que qualificou como "intolerável e dolorosa". Ele pediu que seja realizada uma "revisão rigorosa" das condições de segurança.
"A progressão intolerável e dolorosa das mortes e dos acidentes de trabalho exige um reconhecimento urgente e rigoroso das condições de segurança em que os trabalhadores estão envolvidos", afirmou Mattarella.
"Morrer em uma fábrica, no campo, em qualquer local de trabalho é um escândalo inaceitável para um país civilizado, um fardo insuportável para nossas consciências, especialmente quando descobrimos que por trás dos acidentes está o fracasso ou a aplicação incorreta de normas e procedimentos", disse.
"A segurança não é um custo, nem mesmo um luxo: é um dever que corresponde a um direito inalienável de toda pessoa.
Precisamos de um compromisso coordenado entre instituições, empresas, sindicatos, trabalhadores e centros de formação para que uma verdadeira cultura de prevenção se espalhe", concluiu o chefe de Estado.
A Anmil, associação italiana que representa vítimas de acidentes e doenças de trabalho, estima que nos primeiros oito meses de 2023 foram denunciados 383.242 acidentes, com 657 mortes. Os dados indicam três mortos e 2 mil feridos por dia por essas causas. (ANSA).