(ANSA) - O vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, chegou à Tunísia nesta sexta-feira (20), acompanhado dos titulares da Agricultura, Francesco Lollobrigida; e Trabalho e Políticas Sociais, Marina Calderone, para uma missão dedicada aos temas bilaterais, questões regionais e principalmente o conflito no Oriente Médio.
Sobre a guerra, Tajani afirmou que o país trabalha para a saída de 15 italianos de Gaza através da passagem de Rafah: "Veremos quais serão os tempos. Precisamos de um acordo entre israelenses e egípcios para possibilitar a entrada de ajuda humanitária e saída de ocidentais".
"Trabalhamos pela paz, contra a escalada [do conflito]. Com a Tunísia, um país muito importante com relações fortes com a Palestina, faremos o que pudermos para tentar salvar vidas humanas. Precisamos salvar reféns e fazer chegar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Israel tem direito de defesa, mas trabalhamos sempre pela paz", acrescentou Tajani.
O vice-premiê afirmou que ouviu as ideias do presidente Kais Saied: "Queremos continuar ouvindo países árabes porque juntos podemos atingir o objetivo da paz, que para nós, italianos, só pode ser atingida dando uma perspectiva ao povo palestino de ter seu Estado".
Migração
Com o homólogo da Tunísia, Nabil Ammar, Tajani assinou também um memorando de entendimento sobre a promoção e fluxos migratórios regulares.
O objetivo é a criação de novos canais de migração para possibilitar a quatro mil trabalhadores qualificados a oportunidade de ir para a Itália.
Após o encontro, no Twitter, o vice-premiê informou que a ideia é favorecer trabalhadores dos setores da agricultura e da indústria: "E temos uma visão comum e a colaboração na luta contra traficantes de pessoas está dando resultados positivos".
O acordo, que busca também mitigar a carência de mão de obra na Itália, prevê 4 mil entradas ao ano. (ANSA).