(ANSA) - A economista argentina Diana Mondino, apontada como possível chanceler caso o candidato de extrema direita Javier Milei vença as eleições do próximo domingo (19), afirmou que as relações com Brasil "serão igual ou ainda melhores" do que as atuais.
"Não tem nenhum sentido se preocupar com isso, quaisquer que sejam as relações entre os presidentes - Milei e Luiz Inácio Lula da Silva -, boas ou ruins", declarou Mondino, em entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (13).
Ontem, durante o debate com o candidato governista e atual ministro de Economia, Sergio Massa, na Universidade Buenos Aires, Milei reiterou que caso seja eleito não vai ter diálogo com Lula.
O atual presidente argentino, Alberto Fernández, " se recusou durante três anos a falar com o presidente anterior (Jair Bolsonaro) e todas as demais autoridades se reuniram, as relações diplomáticas, políticas e sociais seguiram normalmente", comentou Mondino.
Ela acredita que as relações econômicas até podem melhorar em 2024, graças aos investimentos estrangeiros com Milei, que foram interrompidos devido à atual crise que a Argentina enfrenta.
"As empresas brasileiras sempre tiveram um mercado importante na Argentina e poderão retomar o ritmo de negócios quando a economia retomar com maior 'previsibilidade', concluiu. (ANSA).