Política

Perfil: 'Camaleão' Massa garante estabilidade à Argentina

Seu passado político também tem liberalismo de direita

Sergio Massa em coletiva de imprensa em Buenos Aires

Redazione Ansa

(ANSA) - Por Maurizio Salvi - Habilidoso, seguro de si, politicamente flexível e disposto a correr riscos, Sergio Massa, ministro da Economia argentino e candidato presidencial pela Unión por la Patria (UxP) de centro-esquerda, aceitou o desafio de manter no poder a coalizão governista peronista, apesar de uma situação econômica (inflação, pobreza, escassez de reservas, desvalorização) verdadeiramente alarmante.

Ele fez isso com uma campanha voltada para o futuro, com a intenção de convencer os argentinos de que, se eleito, será capaz de acabar com a histórica "grieta" (cisão) entre os lados de esquerda e direita.

Seu projeto é buscar um governo de unidade nacional, integrado por personalidades proeminentes de diferentes áreas, convencido de que o país deve trilhar um "ancho avenida del medio" (amplo caminho central), politicamente aberto.

Com 30 anos na política e membro de uma família italiana (seu pai, Alfonso, é siciliano de Niscemi, e sua mãe, Lucia Cherti, é triestina), Massa quer mostrar a grandeza de um país em que, graças às garantias sociais, até o filho de um imigrante pode se tornar presidente.

Nos anos 80, Massa ingressou na Unión del Centro Democrático (Ucede), um partido ultraliberal com ideias semelhantes às defendidas por Javier Milei, seu adversário no segundo turno deste domingo.

Após experiências na esquerda e no centro com dois presidentes peronistas (Nestor Kirchner e Eduardo Duhalde) e uma gestão bem-sucedida como prefeito de Tigre, sua cidade natal, em 2013, ele se tornou independente, criando o Frente Renovador, um partido de centro com inclinações progressistas.

Desde então, ocupou cargos importantes, voltando a colaborar com a ala de esquerda do peronismo na vitória da chapa formada pelo presidente Alberto Fernández e pela vice Cristina Kirchner, que o projetou para a presidência da Câmara dos Deputados.

Nos últimos anos, a necessidade de gerenciar adequadamente a dívida contraída com o Fundo Monetário Internacional (FMI) deu a ele a oportunidade de assumir a liderança do Ministério da Economia, de onde lançou sua candidatura presidencial. (ANSA).
   

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