(ANSA) - O vice-premiê e ministro dos Transportes, Matteo Salvini, assinou nesta sexta-feira (24) uma carta de imposição para reduzir a greve de 24 horas prevista para o setor na segunda-feira.
A requisição prevê que a greve dure apenas quatro horas, das 9h às 13h (horário local).
"Nem todos os sindicatos envolvidos propuseram cruzar os braços durante todo o dia", defendeu Salvini.
O ministro disse que o direito à greve "é sagrado" e expressou o desejo de um envolvimento cada vez maior de todas as realidades sindicais por parte das empresas, com o objetivo de resolver disputas.
Ao mesmo tempo, no entanto, o titular do Ministério da Infraestrutura se disse determinado a minimizar os transtornos para os cidadãos, especialmente diante de paralisações frequentes que ocorrem geralmente no último dia antes do fim de semana ou no início da semana de trabalho.
"Salvini passa das ameaças para os fatos. Isso apesar do total fechamento em relação às reivindicações salariais, direitos, segurança e contra as privatizações", reclamou o secretário nacional do sindicato CUB Trasporti, Antonio Amoroso.
Ele classificou a requisição como "um ato gravíssimo para uma greve convocada no respeito às regras" e acusou Salvini de "querer privar os trabalhadores da liberdade de exercer a greve".
"CUB e outros sindicatos de base vão avaliar se reprogramar a abstenção para outra data, iniciando uma campanha para conscientizar o país sobre o grave ataque aos direitos democráticos", disse.
Na manhã desta sexta, foi realizada uma mesa de negociações no Ministério da Infraestrutura e dos Transportes, convocada por Salvini, com sindicatos e empregadores. A conversa, porém, terminou sem acordo.
Os sindicatos reivindicam "aumentos salariais dignos, melhores condições de trabalho, proteção da saúde e segurança", e a greve também é contra privatizações.
Entre os pedidos salariais, está o de um "salário mínimo por lei de 10 euros contra a prática de contratos atípicos e precários", levando a aumentos salariais "a partir de pelo menos 300 euros por mês".
(ANSA).