(ANSA) - O Chile organizou neste domingo (17) um plebiscito para decidir se vai ou não adotar uma nova Constituição, que poderá substituir o texto elaborado durante a ditadura militar do país.
Os eleitores voltaram às urnas depois do referendo organizado em setembro de 2022, quando a população chilena rejeitou a proposta elaborada por pela Convenção Constitucional da nação.
Esse primeiro revés do presidente do Chile, Gabriel Boric, eleito no ano passado com uma agenda de reformas construída em torno da aprovação da nova Constituição, não só resultou em uma derrota política, como também favoreceu a eleição no novo órgão constituinte de um maioria ligada ao Partido Republicano.
O resultado foi que a desejada nova Constituição é considerada mais conservadora do que o texto em vigor no país, especialmente em questões como o aborto e o estado de bem-estar social.
"O atual Chile está pior do que há dois anos, é um país mais dividido e mais inseguro. Espero que a nova Constituição nos permita embarcar no caminho do diálogo, porque o Chile não pode continuar com esta incerteza que se arrasta há quatro anos", declarou o ex-presidente Sebastian Piñera. (ANSA).