(ANSA) - Os governadores de São Paulo e Rio de Janeiro não devem comparecer à cerimônia convocada para a próxima segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visa relembrar os eventos golpistas de 8 de janeiro do ano passado.
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (4) o reforço das medidas para garantir a segurança no evento.
Os governadores bolsonaristas Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Cláudio Castro (MDB), do Rio de Janeiro, devem estar ausentes do ato "Democracia Inabalada", onde estarão os líderes do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PDS), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso.
Também não devem comparecer os governadores de outros estados estratégicos, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Paraná, e o chefe de governo do Distrito Federal, conforme informou o jornal Folha de São Paulo.
Lula convidou todos os governadores do país, incluindo opositores, e essas ausências devem esvaziar politicamente o evento, no qual serão lembrados os ataques contra os palácios do Planalto, Congresso e STF.
Um dos convidados que estará presente na cerimônia é o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que afirmou que os "golpistas" planejaram assassiná-lo em 8 de janeiro.
Por outro lado, os serviços de inteligência da Polícia Federal (PF) continuam monitorando grupos bolsonaristas que poderiam realizar protestos contra o governo na próxima segunda-feira, informou o ministro da Justiça em exercício, Ricardo Cappelli.
O servidor declarou que "todas as providências estão sendo tomadas para que tenhamos um 8 de celebração da democracia", com 2.250 homens da Força Nacional de Segurança e da Polícia Militar atuando na Esplanada dos Ministérios, no centro de Brasília.
(ANSA).