Política

Meloni suspende deputado de seu partido investigado por tiros em festa

Arma de Pozzolo disparou e feriu um homem no Ano Novo

Deputado tem posse legal de arma

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou nesta quinta-feira (4) que pediu ao seu partido, o Irmãos da Itália (FdI), para suspender o deputado Emanuele Pozzolo, único investigado pelo episódio em que sua arma disparou e feriu um homem em uma festa de Ano Novo.

"Solicitei que Pozzolo seja encaminhado à comissão de arbitragem do FdI independentemente do trabalho realizado pela autoridade [judiciária] competente e que, enquanto se aguarda o julgamento, seja suspenso", declarou ela ao ser questionada por jornalistas na tradicional coletiva de imprensa de fim de ano em Roma, após adiá-la por duas vezes.

O caso provocou uma tempestade política na Itália no início de 2024, uma vez que a vítima é parente de um segurança do subsecretário de Justiça, Andrea Delmastro, também presente no evento. A oposição, inclusive, pressionou Meloni para que desse uma explicação adequada sobre o incidente.

"O parlamentar Pozzolo tem porte de arma para defesa pessoal. Não sei por que ele tem, mas vocês não deveriam perguntar a mim, mas sim à autoridade competente. A questão é outra, quem porta arma tem o dever legal e moral de zelar por essa arma com responsabilidade e seriedade", acrescentou.

Para Meloni, "é por isso que há um problema com o que aconteceu porque o que ocorreu, apesar de não conhecer a dinâmica, mostra que alguém não foi responsável". "E quem não foi é quem tem a arma. Isto aplica-se a qualquer cidadão, muito menos a um parlamentar".

Durante a coletiva, a premiê italiana também citou o polêmico caso de corrupção no qual estão sendo investigados o pai e o irmão de Francesca Verdini, companheira do vice-premiê e ministro dos Transportes da Itália, Matteo Salvini, e deixou claro que não considera necessário que o líder da Liga dê explicações ao Parlamento, conforme a oposição solicitou.

"Salvini não foi chamado para o caso. Na investigação feita pelo Ministério Público de Roma, "ele não é mencionado e não considero que deva ir ao Parlamento para isso", acrescentou ela, poucas horas depois do ministro informar que processará a imprensa italiana por envolvê-lo no caso. (ANSA).
   

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