(ANSA) - O vice-premiê e ministro dos Transportes da Itália, Matteo Salvini, disse nesta quinta-feira (4) que ele e a sua companheira Francesca Verdini vão tomar medidas legais contra o conteúdo "inapropriado" publicado pela imprensa italiana sobre o caso de contratos supostamente fraudulentos para a empresa de infraestrutura para estradas Anas.
Tommaso Verdini, filho do ex-parlamentar Denis Verdini, é líder da empresa de lobby Inver, apontada como facilitadora de companhias que desejassem participar e vencer licitações com a Anas, graças a seu acesso a informações confidenciais.
A investigação é por crimes contra a administração pública, corrupção e perturbação da liberdade de licitação. No processo, também estão envolvidos empresários, além de funcionários públicos.
A oposição, bem como a imprensa local, vem pressionando Salvini para dar explicações sobre a pasta que comanda, mas o governo alega que o escândalo se refere a casos ocorridos antes de sua gestão.
"Tenho a honra e o dever de assumir delicadas responsabilidades, sempre com total independência, no interesse exclusivo da Itália, para promover o desbloqueio, a aceleração e o planejamento de obras públicas que estão paralisadas há anos", declarou Salvini.
Segundo o ministro italiano, "estar implicado de forma inadequada em assuntos sobre os quais nada sei não é mais tolerável".
"Começam hoje os processos, da minha parte e da minha parceira Francesca Verdini, que como eu se envolveu sem motivo em vários artigos, com o compromisso de doar à caridade todas as indenizações que os caluniadores serão condenados a pagar", concluiu Salvini.
No domingo, o partido Irmãos da Itália (FdI), da primeira-ministra Giorgia Meloni, se reuniu-se em torno de Salvini para discutir alegações de que ele pode estar envolvido no caso Anas.
"Sobre os contratos da Anas há uma investigação em curso que começou muito antes da tomada de posse do atual governo, e que não envolve Matteo Salvini, nem qualquer outra figura política, por isso vamos aguardar os desenvolvimentos", justificou o FdI em nota.
No entanto, a oposição apelou a Salvini, líder da Liga, partido parceiro da coalizão governamental, para informar o Parlamento da Itália sobre o caso, mas ele rejeitou o pedido.
Fontes judiciais disseram que Verdini Jr., seu sócio comercial Fabio Pileri e outros suspeitos fizeram uso do direito ao silêncio durante o interrogatório realizado por um juiz de investigação preliminar em Roma na última quarta-feira (3). (ANSA).
Leggi l'articolo completo su ANSA.it