(ANSA) - O governador da Sardenha, Christian Solinas, é alvo de uma investigação por corrupção há um ano, mas o caso veio a público somente na noite da última quarta-feira (17), pouco antes de a coalizão de direita do governo nacional decidir se o escolherá como candidato nas eleições regionais.
Ontem, como parte do inquérito, quase 350 mil euros em bens foram apreendidos de Solinas e outras seis pessoas que estão sob investigação por corrupção, incluindo o empresário Roberto Zedda e o conselheiro regional Nanni Lancioni, pela venda e posterior compra de algumas propriedades em Capoterra e perto de Poetto, em Cagliari.
De acordo com as autoridades italianas, citadas pela imprensa local, Zedda teria obtido em troca o fornecimento de termoscanners e o fornecimento contínuo de software e hardware para seu trabalho nesta venda.
Além disso, teria garantido a "troca de um cargo em um organismo público por palestras remuneradas que Solinas deveria ter dado numa universidade na Albânia, com a promessa de um diploma honorário". Solinas, porém, defendeu que os fatos da investigação deveriam estar sob sigilo.
O caso vem à tona no momento em que a coalizão de direita, formada pelos partidos Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, , Liga, do ministro dos Transportes, Matteo Salvini, e Força Itália (FI), do chanceler italiano, Antonio Tajani, precisa decidir o seu candidato para as eleições regionais de junho, em meio à falta de acordo.
A legenda de Salvini defende Solinas como candidato, enquanto que o partido de Meloni quer escolher o prefeito de Cagliari, Paolo Truzzu.
Um dos dirigentes da Liga, Andrea Crippa, denunciou "o momento perfeito" em que a investigação se tornou conhecida justamente quando era preciso decidir o candidato e mostrou "solidariedade" ao governador. (ANSA).