(ANSA) - Agricultores foram às ruas em diversas cidades da Itália nesta segunda-feira (29), na esteira dos protestos registrados nos últimos dias em países como Alemanha, Bélgica e França.
Em Orte, na região do Lazio, manifestantes equipados com tratores e outros veículos agrícolas tentaram interromper o tráfego na Autostrada A1, principal rodovia do país e que atravessa a península de norte a sul, mas foram desmobilizados pela polícia.
No entanto, outro grupo de agricultores conseguiu bloquear uma rodovia em Botricello, na Calábria, extremo-sul da Itália. Um homem de 56 anos que estava parado em seu carro no trânsito sofreu um mal súbito e morreu.
Atos semelhantes também foram registrados em cidades como Foggia, no sul do país, Viterbo, no centro, e Údine, no norte. A categoria protesta contra as regulações impostas pela União Europeia e cobra subsídios e redução de impostos ao setor.
"Estamos todos unidos, não queremos que a Europa nos tire o pouco que temos. Eles decidem em Bruxelas aquilo que devemos semear e o que é certo e errado. Nós não conseguimos trabalhar com esses preços", disse à ANSA Mario Mulas, organizador de uma manifestação convocada para terça-feira (30) na Sardenha.
O ministro da Agricultura da Itália, Francesco Lollobrigida, afirmou que respeita "todas as manifestações democráticas", mas acrescentou que atos de violência são "injustificáveis". "Desde a posse, nosso governo restituiu a centralidade à agricultura e se colocou em defesa do setor na UE", destacou.
Os protestos acontecem a poucos meses das eleições para o Parlamento Europeu, no início do junho, quando pode haver um avanço de forças populistas no bloco.
Na Bélgica, uma federação de agricultores ameaça promover um "bloqueio total" de Bruxelas, capital do país e da União Europeia, nos próximos dias. (ANSA)
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