(ANSA) - Os cinco filhos do ex-primeiro ministro da Itália Silvio Berlusconi se uniram à ação civil no julgamento contra Giovanna Rigato, acusada de tentar extorquir 1 milhão de euros do político, senador e líder do Forza Italia, que morreu em junho de 2023.
A revelação foi feita nesta terça-feira (30) no Tribunal de Monza, em uma audiência que poderia ter marcado o fim do processo caso os herdeiros desistissem.
Rigato, defendida pelos advogados Stefano Gerunda e Corrado Viazzo, sempre negou as acusações. A audiência será retomada em 17 de abril.
Giorgio Perroni, advogado da família, disse à ANSA que os filhos "optaram por dar continuidade à ação iniciada por seu pai. Eles sempre estiveram unidos e continuam assim neste momento".
Na próxima audiência, devem testemunhar um consultor técnico designado por Berlusconi, e Raissa Scorchina, uma modelo russa que também foi ouvida no processo do caso "Ruby", em que Berlusconi absolvido dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder.
Rigato, ex-participante do reality show Big Brother, considerada uma das ex-"Olgettine de Berlusconi" - mulheres que participavam de suas festas -, teria inicialmente pedido 500 mil euros e depois 1 milhão de euros durante uma reunião na mansão do "Cavaliere" em Arcore, em Brianza. Ela já estaria sendo remunerada com entre 2 e 3 mil euros por mês.
Durante o processo do caso, Berlusconi chegou a ser condenado a sete anos de prisão e ficou inelegível, mas foi absolvido pelo Supremo Tribunal em 2015.
Algumas mulheres que participavam dessas festas moravam gratuitamente em apartamentos de propriedade de Berlusconi na rua Olgettina, em Milão, perto do Hospital San Raffaele, onde ele faleceu. (ANSA).