(ANSA) - A Polícia Federal (PF) apura o sumiço de um jetski do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode ter sido usado para ocultar provas na segunda-feira (29), quando agentes cumpriram mandado de busca e apreensão no âmbito das investigações de um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
De acordo com investigadores da PF, Jair e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) saíram pela água junto com outros membros da família, por volta das 6h, de uma casa de fim de semana em Angra dos Reis.
Carlos Bolsonaro foi alvo da segunda etapa da operação "Vigilância Aproximada", autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos jetskid utilizados por Bolsonaro teria sido levado para uma propriedade de conhecidos "para esconder materiais suspeitos" enquanto os policiais faziam buscas na residência de Angra, conforme informações da CNN Brasil.
À emissora, o presidente negou ter "fugido" da casa de Angra duas horas antes da chegada dos agentes da PF. O político de extrema-direita declarou que saiu da casa para uma pescaria com seus filhos Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL). Eles retornaram por volta das 11 horas.
As diligências foram um desdobramento da primeira fase da operação, que começou na quinta-feira (25) com buscas no gabinete do atual deputado Alexandre Ramagem (PL) no Congresso, em Brasília.
Ramagem foi diretor-geral da Abin durante o governo Bolsonaro (2019-2022). (ANSA).