(ANSA) - O subsecretário do Ministério da Cultura da Itália, Vittorio Sgarbi, suspeito de se apropriar ilegalmente de uma obra de arte, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (2).
A saída foi anunciada por Sgarbi à margem de um evento em Milão e, segundo ele, tem "efeito imediato". "Agora sou apenas Sgarbi, não sou mais subsecretário", disse.
O crítico de arte estava na função desde novembro de 2022, mas mantinha relação conturbada com o ministro italiano da Cultura, Gennaro Sangiuliano, que o criticara por realizar consultorias durante o mandato como subsecretário.
Sgarbi, no entanto, justificou a renúncia com o argumento de que o órgão antitruste da Itália determinou que ele não poderia participar de conferências como aquela em que ele anunciou sua saída do governo, promovida pelo jornalista Nicola Porro.
"Para evitar que todos vocês sejam cúmplices de um crime, eu falo a partir de agora livre do meu mandato de subsecretário. De agora em diante, poderei ir à TV e fazer congressos", ironizou.
Sgarbi é investigado por suspeita de furto de bem cultural, em um inquérito que apura se ele se apossou ilegalmente de um quadro do pintor barroco Rutilio di Lorenzo Manetti (1571-1639).
A obra em questão foi furtada de um castelo privado no Piemonte em 2013 e reapareceu em Lucca, na Toscana, em 2021, como um quadro inédito de propriedade de Sgarbi.
Segundo ele, no entanto, a tela furtada é uma "cópia clara" da sua, que seria original. A oposição vinha pedindo a demissão do subsecretário desde a revelação do escândalo, no início de janeiro. (ANSA)
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