(ANSA) - O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta terça-feira (6) a intenção de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, dando sequência a um movimento iniciado pelo então mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2017.
A medida foi anunciada após a chegada do líder ultraliberal em solo israelense, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores Israel Katz.
"Quero agradecer-lhe por ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e por ter anunciado a transferência da embaixada argentina para Jerusalém, capital do povo judeu e do Estado de Israel", disse Katz, segundo nota oficial.
Já o premiê Benjamin Netanyahu felicitou Milei por ter cumprido uma promessa de campanha - os dois líderes devem se reunir pessoalmente nesta quarta-feira (7).
Por sua vez, o grupo fundamentalista islâmico Hamas, que controla Gaza, condenou "com força" a decisão do presidente argentino e a qualificou como "errada e injusta". Além disso, declarou que a mudança torna Buenos Aires "parceira da ocupação sionista em suas violações contra o povo palestino e seus direitos".
Após Israel, Milei visitará Roma, capital da Itália, onde se reunirá com a premiê Giorgia Meloni, o presidente Sergio Mattarella e o papa Francisco.
Histórico
A grande maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, uma vez que Jerusalém Oriental também é reivindicada como capital de um futuro Estado palestino.
Em 2017, no entanto, Trump ordenou a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, ação que inflamou os ânimos no Oriente Médio e provocou uma onda de protestos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Apesar de controversa, a mudança não foi revertida pelo atual presidente dos EUA, Joe Biden.
Países como Guatemala, Honduras e Kosovo também levaram suas sedes diplomáticas para Jerusalém, mas essa abordagem ainda é amplamente minoritária na comunidade internacional, que a vê como um entrave para as negociações de paz entre árabes e israelenses.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também chegou a dizer que transferiria a embaixada brasileira para Jerusalém, mas acabou recuando. (ANSA)
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