Política

Mauro Vieira faz discurso por paz e cooperação ao abrir G20

Chanceler brasileiro pediu que países rejeitem conflitos

Chanceler brasileiro Mauro Vieira

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, abriu nesta quarta-feira (21) o encontro de chanceleres do G20, criticando um desequilíbrio apontado entre os gastos mundiais em Defesa e em programas de desenvolvimento ou de combate às mudanças climáticas.

“Não é aceitável que o mundo ultrapasse a marca de US$ 2 trilhões em gastos militares, enquanto os programas de ajuda e assistência ao desenvolvimento arrecadam apenas US$ 60 bilhões no total, equivalente a menos de 3% dos gastos com Defesa; e os gastos para combater as mudanças climáticas no âmbito do Acordo de Paris não alcancem os US$ 100 bilhões por ano, cerca de 5% dos gastos militares", discursou

"Sem paz e cooperação, será impossível alcançar a prometida mobilização em larga escala e a captação de recursos necessários para enfrentar as ameaças existenciais, especialmente em termos de combate à pobreza e desigualdade e proteção do meio ambiente", acrescentou.

"Enquanto o norte do mundo está unido em torno de uma aliança militar, os países do sul do mundo estão empenhados em estabelecer acordos de paz e cooperação. A situação extraordinária em que todo o hemisfério sul do planeta optou por ser completamente desnuclearizado é mantida fora da narrativa predominante", disse o chanceler.

"Considerando os casos de sucesso de cooperação pacífica na América Latina, África, Sudeste Asiático e Oceania, as vozes dessas regiões devem ser ouvidas com mais atenção", completou.

O chanceler afirmou que o Brasil é contra a solução de conflitos por meios militares: "Nossas posições sobre os casos ora em discussão no G20, em particular a situação na Ucrânia e na Palestina, são bem conhecidas e foram apresentadas publicamente nos foros apropriados, como o Conselho de Segurança da ONU e a Assembleia Geral da ONU".

Ele também pediu que países representados rejeitem "o uso da força, a intimidação, as sanções unilaterais, a espionagem, a manipulação em massa de mídias sociais e quaisquer outras medidas incompatíveis com o espírito e as regras do multilateralismo como meio de lidar com as relações internacionais".

 (ANSA).
   

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