(ANSA) - A Comissão de Constituição do Senado da Itália rejeitou nesta quinta-feira (22) uma proposta para remover o limite de dois mandatos para governadores, em votação que rachou a base aliada da premiê Giorgia Meloni.
O placar foi de 16 votos contra e apenas quatro a favor do texto, que era patrocinado pela Liga, partido de direita liderado pelo vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini.
Já o Irmãos da Itália (FdI), comandado por Meloni, e o conservador moderado Força Itália (FI), do vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, foram contra o projeto, assim como os principais partidos de oposição.
Apenas o centrista Itália Viva (IV) votou com a Liga a favor a medida. O partido de Salvini tentava acabar com o limite de dois mandatos para permitir que seus governadores pudessem tentar a reeleição, sobretudo o popular Luca Zaia, que está no poder no Vêneto desde 2010.
"Tomo nota do resultado. A estrada ainda é muito longa", disse Zaia à ANSA. O expoente da Liga já está em seu terceiro mandato, que termina em 2025, porém isso se deve ao fato de o Vêneto ter incorporado somente em 2012 a lei nacional que limita a permanência no cargo de governador.
Informações de bastidores dão conta de que Meloni era contra o fim do limite de dois mandatos para permitir que mais regiões sejam governadas por membros do FdI, hoje a força dominante na coalizão de direita.
Ainda assim, o ministro das Relações com o Parlamento, Luca Ciriani (FdI), garantiu que a votação desta quinta não terá repercussões no governo. "São coisas que acontecem, a atividade do governo não será minimamente afetada pelo que aconteceu", declarou. (ANSA)
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