(ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-mandatário Donald Trump confirmaram o favoritismo e venceram a grande maioria das prévias dos seus partidos Democrata e Republicano, respectivamente, na chamada Superterça.
Segundo projeções da Associated Press, os resultados deixaram os rivais muito perto de confirmarem suas candidaturas à presidência pelos seus partidos.
Até o momento, Trump venceu em 13 dos 15 estados - Alabama, Alasca, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah e Virgínia. A única exceção foi em Vermont, onde a vitória ficou com sua concorrente, a ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley.
A vitória avassaladora do ex-presidente americano eleva a pressão para que Haley, que se disse "honrada" por ter sido a primeira mulher republicana a ter vencido algum estado, deixe a corrida presidencial.
Já nas prévias democratas, Biden conquistou 15 dos 16 estados - Alabama, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia, Vermont, Carolina do Norte e Iowa.
O presidente dos EUA fracassou apenas nas prévias da Samoa Americana, onde foi derrotado por um candidato local nanico, o empresário Jason Palmer. Além disso, encontrou eleitores insatisfeito em Minnesota, onde foi alvo de protesto pelo apoio a Israel, apesar do "genocídio" em Gaza.
Em meio à divulgação dos resultados, Trump e Biden trocaram farpas nesta quarta-feira (6). O magnata celebrou seu domínio nas prévias republicanas e garantiu que vencerá "esta eleição porque não temos escolha".
Em discurso em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump chamou Biden de "pior presidente da história" e o acusou de estar destruindo o país ao abrir as fronteiras para imigrantes. Além disso, disse que os Estados Unidos se tornaram uma piada na comunidade internacional.
"Ele é o pior presidente da história do nosso país. Todos os problemas que nós temos hoje, eu acho que nós não teríamos. Acho que teríamos sucesso", enfatizou.
Já o democrata ressaltou que uma eventual volta de Trump à Casa Branca seria um retrocesso para os Estados Unidos. "Se Donald Trump voltar à Casa Branca, todo este progresso estará em risco. Ele é movido por mágoas e fraudes, focado em sua própria vingança, não no povo americano", concluiu Biden.
Desistência
Após a derrota nas prévias da "Superterça", a candidata republicana Nikki Haley anunciou sua desistência de concorrer à Casa Branca nas eleições presidenciais de 2024.
A ex-embaixadora dos EUA na ONU fez o anúncio durante um discurso na Carolina do Sul, seu estado natal. “Lancei a minha campanha para a presidência porque amo o meu país e há uma semana a minha mãe, uma imigrante, votou na sua filha. Mas agora é hora de deixar”, afirmou.
Com a desistência de Haley, Trump se torna o único pré-candidato do Partido Republicano, e efetivamente concorrerá com o atual presidente Joe Biden nas eleições de novembro.
A adversária do magnata, porém, ainda não declarou o seu apoio a ele, mas, citando Margaret Thatcher, advertiu: “Ele deve merecer os meus votos”.
“Não me arrependo e não vou deixar de usar minha voz”, concluiu Haley, alertando que “o Congresso está cheio de seguidores e não de líderes”.
Itália
Em entrevista à imprensa italiana, o líder do partido conservador Força Itália (FI) na Câmara dos Deputados, Paolo Barelli, afirmou que para a legenda "o importante é que os Estados Unidos da América sejam um elemento de estabilidade no mundo e para a Europa" e, por isso, sempre apreciará "mais as políticas do partido de Trump, o republicano".
Para ele, o Força Itália "é realista" e neste caso, infelizmente ou felizmente, as primárias são problemas dos americanos. "É um desafio entre um gentil aposentado e um piloto de Fórmula 1". (ANSA).
Leggi l'articolo completo su ANSA.it