Política

Meloni descarta intervenção direta em conflito na Ucrânia

Premiê da Itália disse considerar hipótese 'escalada perigosa'

Giorgia Meloni falou ao Senado da Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, reiterou nesta terça-feira (19) a posição do país de descartar a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia na guerra contra a Rússia.

A declaração foi dada em discurso ao Senado, em referência à hipótese levantada pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

“Sobre a proposta avançada da França acerca da possível intervenção direta, reforço também neste plenário que nossa posição não é favorável a essa hipótese, que é o prenúncio de uma escalada perigosa a ser evitada a todo custo”, declarou.

“Como se pode sentar à mesa de tratativas com quem nunca respeitou os acordos?”, questionou, sobre a possibilidade de negociação sobre o conflito com a Rússia.

Já sobre a cooperação com Kiev, ela acrescentou: “Não se trata do empenho em fornecer armas, mas de um entendimento que diz respeito a uma cooperação de 360 graus, como é natural que ocorra com um Estado que começou o processo de ingresso na União Europeia”.

Ela também afirmou que os compromissos internacionais de segurança em favor da Ucrânia são pré-requisito indispensável a qualquer acordo de paz com a Rússia: “Os ucranianos demonstram que um obstáculo fundamental a qualquer negociação está no fato de que a Rússia tem sistematicamente violado acordos e o direito internacional”.

“Basta pensar que, depois da dissolução da União Soviética, com o Memorando de Budapeste em 1994, Kiev entregou a Moscou inúmeras ogivas nucleares em seu poder, em troca da inviolabilidade de suas fronteiras. Uma potência atômica não teria sido invadida em 2014 e depois novamente em 2022”, relembrou.

Ela também reclamou de críticas da oposição sobre o apoio: “Há o nosso esforço para criar as condições para uma paz justa, e me choca que justamente quem enche a boca para falar a palavra ‘paz’ tenha contestado o acordo de cooperação com a Ucrânia, porque diz respeito mais à paz do que ao conflito”.

Ela também lembrou que convocou a primeira cúpula do G7 sob sua presidência em Kiev, como forma de reforçar o apoio, e que fará o mesmo na próxima reunião do Conselho Europeu.

 (ANSA).
   

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