(ANSA) - O vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes da Itália, Matteo Salvini, propôs um limite de 20% para a presença de alunos estrangeiros em salas de aula no país.
A ideia chega na esteira da polêmica provocada por um colégio público de Pioltello, nos arredores de Milão, que vai permanecer fechado no próximo dia 10 de abril por ocasião do fim do Ramadã, o mês sagrado do Islã.
A justificativa da escola Iqbal Masih é que 40% de seus estudantes são muçulmanos, o que fazia com que nos anos anteriores o índice de faltas no fim do Ramadã fosse muito elevado.
"Se há muitas crianças que falam línguas diferentes e não falam italiano, é um caos", declarou Salvini, que propôs um teto de "20% para estrangeiros em uma sala".
Muitas dessas crianças consideradas estrangeiras, no entanto, nasceram na Itália e não viram nenhum outro país durante sua vida, uma vez que, nestes casos, só é possível obter a cidadania após a maioridade.
"Não acredito que em nenhum país islâmico [as escolas] fechem para a Páscoa ou o Natal. Enquanto o Islã não der uma estrutura e não reconhecer a paridade entre homem e mulher, fechar uma escola me parece um péssimo sinal", disse o vice-premiê.
O instituto Iqbal Masih inclui creche, escola primária e secundária e leva o nome de uma criança paquistanesa morta aos 12 anos, em 1995, depois de ter sido vendida pelo pai a um comerciante de tapetes e forçada a trabalhar acorrentada. O menino, porém, rebelou-se e, a partir de então, tornou-se símbolo da luta contra o trabalho infantil. (ANSA)
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