(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira (15), ao lado de sua homóloga argentina, Diana Mondino, que o governo brasileiro defende o entendimento entre o Irã e Israel e repudia todo ato de violência no conflito do Oriente Médio.
"Nós manifestamos o temor de que o início da operação pudesse contaminar outros países. Não tínhamos clara a extensão e o alcance das medidas tomadas", declarou o chanceler no Palácio do Planalto.
Vieira enfatizou ainda que "o Brasil condena sempre qualquer ato de violência e conclama sempre o entendimento entre as partes".
Musk
Mondino também afirmou, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, que o governo do presidente Javier Milei não vai se envolver na polêmica entre o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter), e o Judiciário brasileiro.
"Os temas internos e judiciais de cada país são próprios de cada país, o governo argentino jamais vai interferir nos processos democráticos ou nos processos judiciais de cada país", afirmou Mondino, ao lado do chanceler brasileiro.
A representante do governo argentino destacou ainda que confia "na Justiça de cada país, nós defendemos a liberdade de expressão" em um senso amplo.
Na semana passada, Milei teve um encontro com Musk, nos Estado Unidos, onde propôs atuar como um facilitador do diálogo entre o magnata e as autoridades brasileiras.
Milei e Lula
Outro assunto abordado por Mondino foi da possibilidade de um encontro entre Milei e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ministra garantiu que existe a possibilidade de a reunião ser organizada em um futuro próximo.
"A possibilidade de um encontro entre Milei e Lula está sempre presente, devemos levar em conta que a agenda internacional de ambos é complexa, mas esperamos que possa acontecer", afirmou a diplomata.
Vaca Muerta
Já sobre a reserva de Vaca Muerta, localizada em território argentino, Vieira destacou que o Brasil tem o interesse de importar gás natural da região, que fica em Neuquén.
"Discutimos as perspectivas de cooperação energética com a construção do gasoduto em Vaca Muerta, em Neuquén, que ocorre em várias etapas. De um lado a possibilidade de exportação de insumos brasileiros para a construção, bem como o fortalecimento da segurança energética nacional e regional, mediante a possibilidade de importação de gás da Argentina", analisou o chanceler.
Mondino, por sua vez, destacou que o tema é de "grande complexidade", mas que está "avançando" aos poucos.
"Temos cada vez melhores resultados em Vaca Muerta por causa dos avanços tecnológicos. Há interesse mútuo, já que a capacidade de produção argentina pode satisfazer nossas necessidades e as do Brasil", completou.
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