(ANSA) - O presidente da Argentina, Javier Milei, não vai mais utilizar voos comerciais em suas viagens, como já vinha realizando desde o início de seu mandato, em dezembro.
De acordo com o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, a medida foi uma sugestão do Ministério da Segurança, chefiado por Patricia Bullrich, e não por alguma ameaça contra o mandatário argentino.
"O Ministério da Segurança nos alertou sobre certos riscos que existem para o presidente continuar voando em voos comerciais comuns. O presidente não pode mais viajar desta forma e a pasta apresentou a todas as partes um relatório confidencial sobre o motivo disso", disse Adorni.
Fontes da Casa Rosada afirmam foi um equívoco permitir que Milei deixasse de usar a frota oficial para seus compromissos, tanto que uma viagem à Dinamarca foi cancelada em virtude da elevada tensão ao redor mundo causada pelo ataque do Irã em Israel, país que o presidente argentino já manifestou apoio e solidariedade.
Milei optou em viajar em voos comerciais para tentar reduzir os gastos que cada viagem internacional gera para o Estado. O mandatário realmente fez isso em todas suas idas ao exterior nos últimos meses, mas a frota oficial segue gerando um alto custo em virtude da manutenção dos aviões e helicópteros.
A aeronave com a manutenção mais cara é a ARG 01, adquirida durante a gestão de Alberto Fernández. Embora tenha chegado há menos de um ano, em breve teria que passar por uma grande fiscalização, o que exigiria um investimento de mais de US$ 3 milhões. (ANSA).