Política

Partido de Meloni vence eleições europeias na Itália

Pleito marcou avanço de sigla liderada por Elly Schlein

Meloni celebrou vitória de seu partido

Redazione Ansa

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o seu partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI) saíram vencedores das eleições europeias no país ao obterem 28,59% dos votos, segundo dados provisórios divulgados na noite deste domingo (9).
    Com o resultado, o partido de Meloni confirma a tendência de crescimento e posiciona-se como a primeira força na Itália.
    Ainda de acordo com os primeiros resultados, a legenda de centro-esquerda Partido Democrático (PD), liderada por Elly Schlein, aparece na segunda posição, com 25,58%, seguida do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), do ex-premiê Giuseppe Conte, com 9,66%.
    Já as siglas que compõem a coalizão de Meloni e são lideradas pelos vice-premiês italianos ficaram na sequência: o ultranacionalista Liga, do ministro de Infraestrutura, Matteo Salvini, obteve 8,81%, enquanto o conservador Força Itália, do chanceler Antonio Tajani, somou 8,80%.
    Por fim, aparece a Aliança Verde de Esquerda (AVS), com a ativista italiana Ilaria Salis, detida na Hungria, que alcançou 6,86%.
    Nas últimas eleições europeias, em 2019, o vencedor foi Salvini (34%), à frente do PD (22,74%) e do M5S (17,06%), enquanto o partido de Meloni ficou em quinto lugar com apenas 6,44% dos votos. Cinco anos depois, a atual premiê da Itália obteve um crescimento de mais de 20 pontos.
    Reações 

O chefe do grupo FdI na Câmara, Tommaso Foti, celebrou o "forte resultado" de ver o governo Meloni "fortalecido nestas eleições".
    Neste ano, porém, um outro fato que se destaca é o novo recorde histórico da abstenção registrada durante o pleito: apenas 49,67% dos eleitores elegíveis - menos de um italiano em dois - foram às urnas. Nas últimas eleições europeias de 2019, pelo menos 54,5% cidadãos votaram.
    A vitória de Meloni representa a única na Europa de um premiê em exercício. "A Itália apresenta-se no G7 e na Europa com o governo mais forte de todos", afirmou ela, que acompanhou o fechamento das urnas da casa de sua irmã Arianna.
    A premiê italiana enfatizou que "esta é uma votação mais bonita do que a de 2022", depois de dois anos de governo na pior situação possível.
    As projeções confirmam um crescimento da oposição, apesar de o FdI continuar a ser o primeiro partido, embora não tenha avançado.
    "É um resultado extraordinário para nós, somos o partido que mais cresce na política", afirmou Schlein, acrescentando que vê "as distâncias em comparação com o FdI diminuírem" e sente uma forte responsabilidade "para construir a alternativa".
    No entanto, um clima completamente diferente pode ser sentido na sede do M5S, onde Conte anunciou "uma reflexão interna" tomando "nota do resultado, que é certamente muito decepcionante".
    "Poderíamos ter feito melhor", garantiu ele, ao fazer uma observação em relação a "avaliação inquestionável dos cidadãos".
    Por fim, Antonio Tajani, disse que este foi "um resultado extraordinário", principalmente porque o FI "está a crescer em comparação com todas as últimas eleições". (ANSA).
   

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