O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participará de reuniões bilaterais com o papa Francisco e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à margem de sua participação no G7 na Puglia, no sul da Itália, entre os dias 13 e 15 de junho.
A informação foi confirmada em um comunicado divulgado pelo governo brasileiro na noite desta segunda-feira (10), que especifica algumas das atividades da agenda europeia do petista.
De acordo com a nota, Lula iniciará seus compromissos no dia 13 de junho, em Genebra, com a participação no fórum inaugural da Coalizão pela Justiça Social da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Já na Itália, durante o G7, o líder brasileiro participará no dia 14 de junho da sessão do chamado "segmento externo", do grupo dos sete, que é centrada nos temas de Inteligência Artificial (IA), energia, África e Mediterrâneo, a qual o Pontífice também participa.
"O presidente fará uma apresentação dos objetivos brasileiros relacionados à economia digital, à transição energética e à promoção da paz", diz o comunicado.
No final da sessão, os líderes vão realizar reuniões bilaterais.
Lula, inclusive, já confirmou encontros, além de Francisco e von der Leyen, com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o presidente da França, Emmanuel Macron.
No entanto, ainda não há menção a um encontro presencial com o presidente da Argentina, Javier Milei, também convidado para o G7, e com quem Lula ainda mantém uma relação extremamente tensa seis meses após ele assumir o cargo.
Lula e Papa
Em seu encontro com o líder da Igreja Católica, o presidente da República deverá falar sobre diversos temas, entre eles o combate global à fome. O petista deverá incluir na pauta a proposta de taxar as maiores fortunas do mundo e a criação de uma aliança global contra a fome.
Em junho do ano passado, o Papa e Lula conversaram por cerca de 45 minutos sobre a guerra na Ucrânia, o respeito com as populações indígenas e a luta contra a pobreza e a fome.
Já na semana passada, o pontífice recebeu no Vaticano o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que apresentou a proposta da taxação global dos super-ricos, proposta em cuja formulação participou o economista francês Gabriel Zucman. Ele esteve na cúpula dos ministros da Fazenda do G20 realizada em fevereiro, no Rio de Janeiro.
A iniciativa será defendida pelo Lula durante a cúpula do G20 nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. O Brasil tem a presidência rotativa do grupo. (ANSA).