Política

Lula vai ao G7 na Itália com foco na cúpula do G20 no Rio

Petista deve incentivar presença de líderes em reunião no Brasil

Presidente do Brasil foi convidado pelo governo italiano

Redazione Ansa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta semana da br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/06/12/italia-apreende-navio-degradado-que-acolheria-policiais-do-g7_591c26b8-5bd5-4ddc-a2bb-662c367d405c.html">cúpula do G7, reunião de líderes das sete maiores economias do mundo, que acontece em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália, onde deve defender as agendas do Brasil no G20 e incentivar a presença dos líderes na reunião do grupo em novembro, no Rio de Janeiro.
    Em entrevista à ANSA, o professor Roberto Goulart Menezes, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (IREL/UnB), explicou que o petista deve aproveitar a visita à Itália para "tentar firmar um compromisso com os líderes para estarem presentes no Rio de Janeiro em novembro", quando será realizada a cúpula do G20 entre os dias 18 e 19.
    Segundo ele, a diplomacia brasileira tem um receio de "ocorrer um esvaziamento" na reunião com as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.
    "É claro que o presidente Lula, quando ele insiste em convidar [seu homólogo russo, Vladimir] Putin para o Rio de Janeiro, ele também corre risco de muitos líderes europeus não virem", acrescentou Goulart Menezes.
    Para ele, isso pode ocorrer apesar de o Brasil ter mantido seu posicionamento desde o início do conflito, condenado a invasão da Rússia à Ucrânia, além de fazer diplomacia e tentar se equilibrar em meio às pressões de Moscou, da China e dos Estados Unidos.
    O especialista da UnB enfatiza ainda que a possível presença do líder dos Estados Unidos, Joe Biden, também é uma "incógnita", porque "as eleições presidenciais em seu país ocorrerá no dia 5 de novembro e leva cerca de uma semana para computar os votos".
    "Se ele for eleito, precisará ficar lá para liderar a reação de [Donald] Trump às eleições. E se não for eleito, ele fica em uma situação na qual participará de uma cúpula para se despedir. É uma incógnita".
    Esta será a oitava participação de Lula na cúpula do G7, sendo que as seis primeiras ocorreram em seus dois primeiros mandatos (2003-2011) e a sétima foi no ano passado, em Hiroshima, no Japão.
    Na Itália, a expectativa é de que o petista defenda a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas, com foco na transição energética, e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; e a reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.
    "O Brasil vai aproveitar esta cúpula para dar mais um passo no que ele quer chamar da reconstrução da política externa brasileira. E pra isso, é claro, ele não vai entrar em bola dividida", concluiu. (ANSA).
   

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