O Senado da Itália aprovou nesta quarta-feira (12) a parte principal do projeto de lei (PL) do governo para reformar a Constituição e introduzir a eleição direta do primeiro-ministro pelo povo italiano.
O artigo 5º da iniciativa foi aprovado pelos legisladores dos partidos da coalizão governamental da com.br/brasil/noticias/politica/2024/06/12/casa-branca-confirma-bilateral-entre-biden-e-meloni-na-italia_c78f747e-dd6c-4058-ae43-263d8a70df09.html">premiê italiana, Giorgia Meloni, enquanto os grupos da oposição abandonaram o Parlamento em protesto.
Entre as questões que a oposição criticou está o fato de o projeto de lei não indicar como o primeiro-ministro seria eleito, adiando esta questão para outro PL.
A votação final do texto no Senado foi marcada para o próximo dia 18 de junho. Somente depois, ele será analisado pela Câmara dos Deputados, informou o presidente da casa, Ignazio La Russa, ao final da reunião.
De acordo com o sistema atual na Itália, os partidos envolvem-se em negociações para a formação de governo após as eleições gerais e depois a coalizão que forma a maioria governante no Parlamento chega a um acordo sobre uma figura para ocupar o cargo. Na sequência, o nome é proposto ao presidente da República para se tornar primeiro-ministro do país.
O indivíduo não é necessariamente um dos políticos indicados pelos partidos como seu principal candidato durante a campanha eleitoral.
O Partido Democrático (PD), da oposição de centro-esquerda, classificou a reforma proposta como "perigosa", dizendo que "enfraquece o Parlamento e as prerrogativas do presidente da República".
Por outro lado, Meloni diz que a reforma proposta para permitir que os italianos escolham diretamente os seus primeiros-ministros levará a governos mais fortes e mais estáveis em um país que há muito tem sido perseguido por administrações instáveis e já teve 68 governos diferentes em 75 anos de história republicana.
O governo detém uma maioria confortável no Legislativo, porém insuficiente para assegurar o quórum de dois terços, e terá de buscar votos na oposição para evitar o risco de uma consulta popular. (ANSA).
Senado italiano aprova artigo de PL sobre eleição direta de premiê
Trecho foi aprovado em meio às críticas da oposição