Os líderes do br/brasil/noticias/saude/2024/06/14/g7-expressa-temor-por-direitos-das-mulheres-mas-nao-cita-aborto_b7adbce2-f418-4aa5-801f-1f80b564f076.html">G7 formalizaram a declaração final da cúpula que está sendo realizada na Puglia, no sul da Itália. O comunicado de 36 páginas foi publicado no site da presidência italiana do grupo.
A respeito do conflito no Oriente Médio, o grupo expressou "profunda preocupação" com as "consequências na população civil de operações terrestres" de Israel em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza que abriga centenas de milhares de deslocados de outras regiões do enclave.
O documento conclusivo diz que uma "ofensiva militar em vasta escala teria novas consequências desastrosas para os civis": "Pedimos ao governo de Israel que se abstenha de tal ofensiva".
O texto também reafirma o apoio das nações mais industrializadas do mundo à Ucrânia na guerra contra a Rússia, formalizando o empréstimo de US$ 50 bilhões garantido pelos lucros dos ativos russos congelados por sanções.
"Nós reafirmamos nosso inabalável apoio à Ucrânia por quanto tempo for necessário. Com parceiros internacionais estamos determinados a continuar fornecendo apoio militar, orçamentário, humanitário e de reconstrução para a Ucrânia e seu povo", dizem os líderes.
Com a presença inédita do papa Francisco na reunião, e sob a presidência da premiê da Itália, Giorgia Meloni, de orientação política conservadora, a declaração não se aprofundou sobre os direitos da população LGBT+ e nem menciona o direito ao aborto.
"Reafirmamos nosso compromisso em atingir equidade de gênero e o empoderamento feminino em toda a sua diversidade.
Expressamos nossa forte preocupação pelo retrocesso dos direitos de mulheres, garotas e pessoas LGBTQIA+ pelo mundo, e condenamos fortemente todas as violações de seus direitos humanos e liberdades fundamentais." Na cúpula do G7, em Hiroshima, em 2023, o grupo se comprometeu a trabalhar para "assegurar participação plena, igualitária e significativa de pessoas LGBTQIA+ na política, economia, educação e em outras esferas da sociedade".
Os membros também aprovaram o lançamento de uma coalizão para combater o "tráfico de migrantes". O compromisso era uma bandeira de Meloni, eleita com a promessa de frear os fluxos migratórios no Mar Mediterrâneo.
No documento, Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia, reforçam o "empenho coletivo e a cooperação reforçada sobre migração, para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que ela apresenta, em parceria com países de origem e de trânsito".
"Vamos nos concentrar nas causas profundas da migração irregular, nos esforços para melhorar a gestão das fronteiras e frear a criminalidade organizada transnacional e nos percursos seguros e regulares para a migração", diz o texto.
A declaração ainda cita esforços em questões como: mitigar os efeitos da crise climática; colaborar para colher os benefícios e gerir os riscos da inteligência artificial; promover resiliência econômica; proteger a segurança alimentar global; apoiar países da África em soluções de energia e infraestrutura; e promover ações para permitir que países atinjam seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs). (ANSA).
Cúpula do G7 divulga declaração final com foco em Gaza e Ucrânia
Texto ainda aborda migração e mulheres, mas evita tema do aborto