(ANSA) - BRASILIA, 23 AGO - O assessor especial para assuntos
internacionais da Presidência, Celso Amorim, declarou na última
quinta-feira (22) que o Brasil está disposto a fazer o possível
para evitar um conflito interno na Venezuela, inclusive a
criação de um grupo de países amigos.
A iniciativa surge um dia após o Tribunal Supremo de Justiça
venezuelano confirmar a vitória de Nicolás Maduro nas eleições
de 28 de julho, cujo resultado que é contestado pela oposição.
"Vejo as coisas realmente muito difíceis, mas vamos sempre
tentando, com a ajuda de outros e em parceria com outros países
que têm visão semelhante à nossa, fazer o possível para evitar
uma situação muito conflituosa internamente", afirmou Amorim à
Carta Capital.
A iniciativa acontece enquanto a oposição alega que o
verdadeiro vencedor é o candidato Edmundo González Urrutia.
No começo de agosto, os presidentes do Brasil, Colômbia e México
emitiram um comunicado exigindo a divulgação das atas da
eleição. Contudo, o líder mexicano, Andrés Manuel López Obrador,
posteriormente se distanciou de Luiz Inácio Lula da Silva e
Gustavo Petro, respectivamente.
Amorim relembrou a criação do Grupo de Países Amigos da
Venezuela, iniciativa promovida por Lula em 2003, para mediar o
diálogo entre o governo e a oposição venezuelanos.
"Naquela época, havia, apesar de tudo, mais disposição
política", comparou o diplomata, indicando que o cenário atual é
mais desafiador. (ANSA).
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Brasil quer evitar conflito interno na Venezuela, diz Amorim
Assessor internacional de Lula conversou com Carta Maior