Política

Projeto na Itália pode dificultar compra de cartões SIM por estrangeiros

Iniciativa visa imigrantes irregulares, mas deve afetar turistas

Plenário da Câmara dos Deputados da Itália, em Roma

Redazione Ansa

(ANSA) - A Câmara dos Deputados da br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/09/18/italiano-e-absolvido-de-agressao-por-mulher-ter-tempo-de-fugir_b1a541bb-d467-472b-8a7b-2fae5a4c570d.html" target="_blank" rel="noopener">Itália aprovou nesta quarta-feira (18) um projeto que deve dificultar a compra de cartões SIM para celulares por cidadãos de fora da União Europeia, o que pode afetar turistas que adquirem chips de operadoras locais para facilitar a comunicação durante viagens.
    Com placar de 167 votos a favor e 110 contrários, a medida foi incluída em um projeto de lei sobre segurança pública e tem como alvo principal os imigrantes em situação irregular no país, que já recebeu 45 mil deslocados internacionais via Mediterrâneo em 2024, segundo o Ministério do Interior.
    De acordo com o texto, ao comprar cartões SIM, cidadãos extracomunitários terão de apresentar às operadoras, além do documento de identidade, uma cópia da permissão de estadia na Itália.
    A restrição conta com apoio da coalizão de direita da premiê Giorgia Meloni, mas é contestada pela oposição, que acusa o governo de praticar "maldades" para punir imigrantes.
    "É aberrante a norma que veta chips telefônicos a imigrantes irregulares, as mesmas pessoas que são empregadas ilegalmente em nossas lavouras e empresas", disse o deputado da Aliança Verdes e Esquerda (AVS) Filiberto Zaratti.
    "Isso vai abrir as portas para o mercado clandestino", acrescentou. Além disso, turistas também não poderiam mais comprar cartões SIM na Itália apenas com o passaporte.
    Outro artigo polêmico prevê penas de um a cinco anos de prisão para pessoas que resistirem a prisões, inclusive por meio de "condutas passivas". "Vocês teriam colocado Gandhi na cadeia", ironizou o deputado Marco Pellegrini, do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
    O projeto de lei tramita em primeira leitura na Câmara e ainda precisará passar pelo Senado antes de se tornar definitivo, mas o governo conta com ampla maioria nas duas casas do Parlamento. (ANSA).
   

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