Lusofonia

Brasil vota em municipais em teste de meio de mandato para Lula

Líder progressista em São Paulo tenta alavancar Boulos

Lula e Boulos durante campanha em São Paulo

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou de última hora à campanha para as br/brasil/noticias/lusofonia/2024/09/16/marcal-sofreu-traumatismo-sem-complicacoes-apos-cadeirada_43a87239-5d69-4f05-9ac4-26538f99034e.html">eleições municipais, nas quais mais de 155 milhões de pessoas são convocadas neste domingo (6) para escolher novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.569 municípios de todo o país, em um pleito considerado um teste ao trabalho do governo progressista, na metade do seu mandato.
    Lula saiu às ruas em apoio ao seu candidato em São Paulo - uma cidade importante onde a extrema direita do ex-presidente Jair Bolsonaro parece dividida - participando de uma caminhada na Avenida Paulista em favor de Guilherme Boulos.
    O retorno à cena no momento em que um novo caso de notícias falsas assolou as vésperas das eleições, no auge de uma tempestuosa campanha eleitoral, com ataques ao vivo na televisão, emboscadas e pelo menos 16 assassinatos nas ruas do país.
    Um episódio que mais uma vez teve como protagonista o outsider Pablo Marçal, candidato conservador na disputa pela vaga de prefeito de São Paulo, já no centro dos noticiários após ser atingido por uma cadeirada durante um debate por suas constantes provocações.
    Mesmo poucas horas depois da abertura das urnas, o ex-coach motivacional, de 37 anos - considerado próximo de Bolsonaro e uma grande novidade eleitoral - não hesitou em desferir um dos seus proverbiais golpes baixos, usando as redes sociais para tentar provar a dependência de cocaína de Boulos.
    O caso terminou com o cancelamento das publicações por ordem da justiça eleitoral, no momento em que o expoente do Psol fazia uma caminhada na Avenida Paulista com Lula, que com a ajuda de Boulos espera conseguir avançar e assumir a capital do motor econômico do país.
    Por outro lado, o pleito municipal, que segundo os observadores é uma antecipação das eleições presidenciais de 2026, é também um termômetro para medir a força de Bolsonaro que, embora declarado inelegível até 2030, continua a ser a principal figura da oposição.
    Embora Marçal seja considerado próximo do ex-chefe de Estado, o apoio oficial de Bolsonaro é para Ricardo Nunes (MDB), o prefeito cessante da metrópole e candidato à reeleição, que parece ter dificuldades em defender o seu legado. Nunes (25%) está de fato um ponto percentual atrás do candidato de esquerda nas pesquisas, enquanto no terceiro lugar segue Marçal com 24% e com probabilidade de entrar no segundo turno, marcado para 27 de outubro.
    No Rio de Janeiro, segundo maior círculo eleitoral do país com 5 milhões de eleitores, tudo favorece o prefeito de centro-esquerda Eduardo Paes, que aspira à reeleição apoiado por Lula, com intenção de voto variando entre 50% e 55%. Na cidade fluminense, Bolsonaro apoia o ex-diretor dos serviços secretos e já no centro de um escândalo de espionagem ilegal, Alexandre Ramagem (Pl), que o acompanhou a um evento na populosa zona norte da cidade, mas que não ultrapassa 20% nas projeções.
    Por fim, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais e terceiro centro eleitoral com 1,9 milhão de eleitores, o cenário é semelhante ao de São Paulo, com três candidatos presos em torno dos 20%, que se encontrarão no segundo turno no final de outubro. (ANSA).
   

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