Política

Tajani na Argentina abre portas a novas parcerias, diz embaixador Lucentini

Missão teve foco na economia, diplomacia esportiva e legalidade

Lucentini junto com Tajani em Buenos Aires

Redazione Ansa

 "Continuidade política" e oportunidade para "parcerias estratégicas. É o patrimônio que a missão a Buenos Aires do vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, deixou, dando um novo impulso ao relançamento das relações bilaterais já iniciadas entre o com.br/brasil/noticias/politica/2024/10/09/italia-quer-aumentar-presenca-na-america-latina_85d57b74-ee0f-4e6c-934a-061cd658844b.html">governo de Javier Milei e o executivo de Giorgia Meloni.
    Isto foi destacado pelo embaixador italiano na Argentina, Fabrizio Lucentini, em conversa com a ANSA, recordando os laços históricos, econômicos e culturais - além da vasta comunidade de descendentes italianos - que unem os dois países, também através da diplomacia do esporte.
    Depois, como pano de fundo, as oportunidades econômicas, especialmente no capítulo da transição verde, e uma forte colaboração no campo da legalidade, com a Itália a atuar como força motriz para ajudar a Argentina a também se enquadrar nos parâmetros de transparência para a entrada na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
    "Nos últimos meses vieram dois subsecretários, dois ministros, o vice-presidente do Conselho e em breve deverá chegar a primeira-ministra. Há uma dinâmica consistente, uma continuidade que no futuro esperamos que também ative novas ferramentas. Isto é o que mais faltou no passado. Basta pensar que a última visita de um chanceler data de 2019", observa o diplomata.
    O embaixador explicou ainda que a missão de Tajani ofereceu ideias "para analisar a questão econômico-comercial ao mais alto nível, aprofundar a diplomacia esportiva e impulsionar a da legalidade".
    "As medidas de Milei, embora complicadas e em alguns casos também com fortes repercussões, especialmente no crescimento que caiu quase 4%, proporcionaram alguma certeza. O país embarcou em um caminho claro de coerência fiscal e de uma política monetária disciplinada. Uma direção que também está a mudar a percepção do risco do país, com o índice anteriormente acima dos 2300 pontos a ter caído para metade em 2024, e as oportunidades de investimento que começam a tornar-se mais interessantes para os italianos", acrescentou Lucentini.
    Para ele, "também são prova disso as 150 empresas que participaram nos eventos em Milão e Roma nos últimos meses, por ocasião da missão da chanceler argentina Diana Mondino".
    Por outro lado, "criar as condições de fiabilidade do mercado não é um processo imediato. O nosso papel é acompanhar as empresas italianas neste caminho de interesse renovado, mas vai demorar algum tempo".
    Lucentini destacou ainda que a passagem de Tajani, que encontrou Milei e seu chefe de gabinete, Guillermo Francos, deu novo impulso".
    A diplomacia esportiva "também foi um aspecto importante abordado durante a missão. Não diz respeito apenas a grandes figuras icônicas. Por trás disso está uma forte atividade de intercâmbio social, e um setor empresarial relevante, como sublinhou Tajani no evento na embaixada", disse.
    "É um instrumento de cidadania ativa que na Argentina, onde a comunidade italiana é particularmente grande, é um elemento crucial de coesão, como demonstra a Maratana (a maratona dos italianos) em Buenos Aires".
    Sem falar que a Itália tem um papel de liderança para a Argentina na luta contra o crime transnacional. "O país antes de outros decidiu criar as ferramentas para combatê-lo e, durante a sua visita, o vice-premiê antecipou um novo projeto de formação desenvolvido pela Iila em colaboração com a Guarda de Finanças e os Carabinieri para operadores argentinos", explica o embaixador.
    Por fim, enfatiza que "a Itália também colaborará para a implementação da nova legislação antimáfia de inspiração italiana já aprovada por um dos dois ramos do Congresso, e acompanha o país no cumprimento dos requisitos de transparência para a entrada na OCDE". (ANSA).
   

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